Entendendo a ansiedade
- V. Ziemniczak
- 15 de jul. de 2022
- 2 min de leitura
Atualizado: 8 de ago. de 2022
A primeira coisa a entender acerca da ansiedade é que ela é parte de nossa herança biológica. Muito antes de qualquer registro da história humana, nossos ancestrais viviam em um mundo repleto de perigos que ameaçavam suas vidas: predadores, fome, plantas tóxicas, vizinhos hostis, alturas, doenças, afogamentos. Foi em face desses perigos que a psique humana evoluiu. As qualidades necessárias para evitar o perigo foram as qualidades desenvolvidas em nós pela evolução.

Próximo ponto a entender é que, por não mais vivermos naquele mundo primitivo, os medos que trouxemos dele não são mais adaptativos. Graças, em grande parte, aos efeitos da linguagem e da civilização, os desafios que encontramos em nossas vidas são bastante diferentes daqueles que nossos ancestrais encontravam nas savanas ou nas florestas. Ainda assim, nossos cérebros continuam a funcionar como se nada tivesse mudado.
Todo instinto que temos nos diz que obedecer às regras nos manterá a salvo, quando talvez o contrário seja verdade. Nosso método de nos libertarmos da tirania da ansiedade será o de questionar tais regras – na verdade, reescreve‑las.
Depois de questionarmos essas crenças, poderemos começar a revisar as regras que controlam a ansiedade, muito embora estejam profundamente enraizadas em nossa mente. Entretanto, se pudermos de fato experimentar uma situação aparentemente perigosas repetidas vezes, mas sem consequências danosas, nossos cérebros aprenderão a ser mais racionais e menos apreensivos. Acontece a todo momento na vida. Tudo o que é preciso é criar um programa em que possamos, regularmente, ter uma experiência que cause medo, mas em um contexto que nos ensine que estamos seguros.
Como indivíduos, temos de fazer opções quanto ao modo como vamos lidar com essa situação. A psicologia moderna aprendeu muito sobre a ansiedade nas últimas décadas. Sabemos muito mais do que sabíamos sobre a origem da ansiedade, o modo como ela opera no cérebro e a natureza dos padrões comportamentais que ela gera. Tudo isso pode ajuda‑lo a entender o papel que a ansiedade desempenha em sua vida. E compreender esse papel é fundamental para superar a ansiedade – e não elimina‑la completamente, pois tal meta não é realista. Mas todos nós aprendemos a neutraliza‑la, controla‑la e impedi‑la de ser uma força debilitante que restringe nossa saúde e liberdade.
(fonte: Livre de ansiedade - Leahy)
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